Três cidades do Vale e região são classificadas com 'seca severa', segundo o Cemaden; veja a situação de cada município
11/09/2024
Relatório foi divulgado pelo Cemaden neste mês e aponta que somente 9 das 46 cidades da região têm condições de 'seca fraca'. Seca severa atinge cidades da região
Juan Diaz /Arquivo pessoal
Dados do Centro de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) mostram que pelo menos três cidades do Vale do Paraíba e região bragantina foram classificadas em condições de seca ‘severa’.
Além disso, outras 34 cidades da região estão em condições de seca moderada e outras 9 têm seca ‘fraca’.
Os dados fazem parte do boletim de monitoramento de secas no Brasil e consideram a análise de um período de três meses.
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De acordo com o Cemaden, as três cidades com condições severas de seca atualmente são Joanópolis, Queluz e Vargem.
As cidades mais populosas da região, como São José dos Campos, Taubaté e Jacareí, por exemplo, tiveram classificação de seca moderada.
Os nove municípios com seca fraca na região são: Arapeí, Bananal, Caçapava, Ilhabela, Redenção da Serra, São José do Barreiro, São Sebastião, Taubaté e Ubatuba.
Veja a classificação de cada cidade:
🟡 Seca Fraca
Arapeí,
Bananal,
Caçapava,
Ilhabela,
Redenção da Serra,
São José do Barreiro,
São Sebastião,
Taubaté; e
Ubatuba.
🟠 Seca Moderada
Aparecida
Areias
Atibaia
Bom Jesus dos Perdões
Bragança Paulista
Cachoeira Paulista
Campos do Jordão
Canas
Caraguatatuba
Cruzeiro
Cunha
Guaratinguetá
Igaratá
Jacareí
Jambeiro
Lagoinha
Lavrinhas
Lorena
Monteiro Lobato
Natividade da Serra
Nazaré Paulista
Paraibuna
Pindamonhangaba
Piquete
Piracaia
Potim
Roseira
Santa Branca
Santo Antônio do Pinhal
São Bento do Sapucaí
São José dos Campos
São Luiz do Paraitinga
Silveiras
Tremembé
🔴 Seca Severa
Joanópolis,
Queluz; e
Vargem.
Seca severa em todo o país
Segundo especialistas, a seca severa que atinge o Brasil leva em consideração alguns pontos e vários fatores. Entre eles estão:
El Niño: o fenômeno, que aquece o Oceano Pacífico, contribuiu para a elevação das temperaturas no país e mudou os padrões de chuva. O El Niño ainda gerou uma seca intensa ao Norte do país, que bateu recordes.
Bloqueios atmosféricos: A expectativa era que o El Niño acabasse e a seca terminasse em abril deste ano, o que não aconteceu. Isso porque bloqueios atmosféricos impediram que as frentes frias avançassem pelo país, deixando a chuva abaixo da média em quase todo o mapa, com exceção do Rio Grande do Sul.
Aquecimento do Atlântico Tropical Norte: Nos últimos meses, o Oceano Atlântico Tropical Norte está mais quente do que o normal, o que tem contribuído para as mudanças nos padrões de chuva pelo país, prolongando a seca iniciada em 2023.
A soma destes fenômenos, que mudaram os padrões de chuvas e de temperatura por um período de tempo tão longo e sem trégua, é que fez com que a seca se intensificasse e espalhasse pelo país.
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